sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

UFC 2009 Undisputed

Desde os tempos mais remotos (leia-se: quando a Ubisoft era a detentora dos direitos sobre a marca), a série Ultimate Fighting Championship vem sendo sinônimo de lucros inimagináveis por conta do seu game oficial. Relatórios liberados pela THQ, por exemplo, indicam que só nos últimos dois anos mais de seis milhões de cópias da franquia foram vendidas ao redor do planeta – isso considerando, entre outras coisas, que até então todos os episódios pareciam praticamente a mesmíssima coisa. Com a edição 2009 no forno, porém, tudo que a companhia norte-americana quer é dar fim à essa reciclagem. Tanto que, para promover o lançamento de Undisputed, chamou a própria organização do evento, que por sua vez não mediu palavras. Rechaçou versões anteriores e prometeu: este será o melhor jogo de luta já lançado até hoje.

Papo de vendedor de lado, Undisputed certamente faz por merecer toda a atenção. Querendo ou não, o game aposta alto em uma suíte de tecnologias absolutamente nova no gênero, do tipo que reúne tudo o que de melhor já foi feito pela Yuke’s Media Creation ao longo dos últimos anos. A cereja no bolo? Um sistema de combate orgânico, simples e, ao mesmo tempo, eficiente. Agora, ao invés dos combates lentos como os com quais estávamos acostumados, a palavra de ordem é agilidade e – por que não? – um pouquinho de auto-controle. O que os produtores querem que você entenda é o seguinte: Undisputed preza pela estratégia e quer que você pense como um lutador. Aperte todos os botões ao mesmo tempo e prepare-se para beijar o tatame.

Quase real
Desconsiderando a jogabilidade propriamente dita, outro campo notavelmente favorecido pelo uso da tal “engine” proprietária é o visual: como você pode notar, a modelagem dos lutadores é rica em detalhes, a iluminação é dinâmica e a movimentação dos caras foi captada com o auxílio de tecnologias de ponta. É difícil olhar para Undisputed rodando e não parar durante alguns momentos para se perguntar se o que você está vendo é um jogo ou uma luta exibida pela TV a cabo. Exagero? Corra no Youtube e veja por conta própria.

Dependendo do vídeo que você encontrar, é possível notar que boa parte da atmosfera vista nas edições reais do evento foi retrabalhada e colocada de alguma forma dentro do game. A mecânica de deformação de rostos é um bom exemplo: por aqui, ela é responsável por fazer com que a face dos atletas reaga às pancadas sofridas durante as partidas. Nada caricato como Facebreaker, mas ainda bastante sutil, o esquema se limita a reproduzir luxações e pequenos sangramentos que, na ausência de barras indicadoras de energia, servem não apenas para mostrar quantos sopapos você ainda pode suportar antes de jogar a toalha.

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