quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Review: testamos "Call of Duty: Modern Warfare 3"

Você deve ter pensado “lá vamos nós de novo” quando ouviu falar de “Call of Duty: Modern Warfare 3”. Esse poderia ser o “lá vamos nós de novo” de alguém animado para outra volta numa montanha-russa, ou de alguém desinteressado por uma fórmula já estabelecida. As duas reações são totalmente apropriadas. Se você quer outra volta na montanha russa de ação da Activision, terá exatamente o que procura. Mas os desinteressados devem saber que essa sequência tem algumas diferenças importantes em relação aos títulos anteriores. Na verdade, esse pode ser o “Call of Duty” certo para você.
O modo multiplayer competitivo ainda possui a progressão básica dos “ricos ficando mais ricos”. Você desbloqueia equipamentos e habilidades mais poderosas ao subir de nível, o que é apenas uma questão de tempo, mesmo que você seja ruim no game. Todas as armas boas chegam aos que cumprem sua tarefa de atirar para valer. Mas o sistema Killstreak, que recompensa os jogadores com os brinquedos mais espetaculares, tem sempre sido uma atividade inútil para os melhores jogadores. Ao executar várias mortes consecutivas antes de ser morto, você recebe os melhores equipamentos. Mas para muitos de nós, a parte de “não ser morto”  pode ser complicada. Uma novidade de “Modern Warfare 3” pode ser uma das adições mais importantes para nós: o Support Killstreak.
Ao configurar suas armas, você pode usar o tradicional sistema Killstreak, que possui seu próprio conjunto de ferramentas e até mesmo uma opção avançada para acumular novos benefícios em vez de poderes que só podem ser usados uma vez, como um ataque aéreo (airstrike). Mas se você não confia na sua habilidade de ficar vivo por muito tempo, pode usar um Support Killstreak. Ele contabiliza as mortes ao longo da partida. Assim, mesmo que você esteja frequentemente do lado errado do rifle, você ainda pode acionar brinquedos divertidos como o recon drone, o avião de bombardeio secreto e o traje juggernaut.  Além disso, os Killstreaks não são mais apenas Killstreaks. Você pode ganhar créditos com assistências e objetivos em modos de jogo como capturar pontos. As partes básicas do multiplayer continuam iguais, mas agora ele é mais democrático, variado e flexível.
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Se você não está interessado no processo de nivelamento, “Modern Warfare 3” é o "Call of Duty” sob medida para você. Os jogadores podem hospedar partidas privadas em que definem suas próprias regras, incluindo alguns modos especiais de jogo que você pode reconhecer de outros games. Nessas partidas privadas, tudo é desbloqueado. Tudo. Você pode criar qualquer tipo de equipamento militar que quiser, trazer qualquer arma com qualquer modificação, usar qualquer benefício e configurar qualquer Killstreak. Pela primeira vez desde que introduziu seu sistema astuciosamente efetivo de nivelamento, “Call of Duty” abriu bem as amarras para qualquer pessoa que queira chegar e jogar. Realmente algo democrático, variado e flexível.
Outra adição notável para os jogadores que não querem mergulhar no multiplayer competitivo é o novo modo de sobrevivência. Você e outro jogador podem se defender contra ondas de inimigos, ganhando dinheiro para comprar novas armas e defesas, incluindo explosivos e até mesmo soldados aliados controlados por IA (Inteligência Artificial). À medida que você joga as partidas, sobe de nível e desbloqueia novos itens para partidas futuras. Ele foge do padrão de modos similares presentes em outros games de tiro como “Gears of War” e “Halo” porque o tiroteio mortal de “Call of Duty” é muito diferente. Cada mapa possui desafios únicos em termos de onde você precisa ir para gastar seu dinheiro em itens diferentes, o que torna-o muito menos estático do que outros modos desse tipo. E a nivelação persistente é um gancho traiçoeiro. O modo de sobrevivência é a alternativa cooperativa perfeita para as situações “enlatadas” baseadas nas fases da campanha single-player.
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Falando nisso, o modo single-player é o "nonsense" de sempre, escrito de forma pesada como se você tivesse seguido de perto toda a loucura do game anterior da série. Na maior parte, é uma mistura incoerente entre diferentes locais com vários personagens, incluindo um novo cara que acaba sendo oZelig (personagem de um filme de Woody Allen que consegue transformar sua aparência na das pessoas ao seu redor) de “Modern Warfare”. É tudo muito sério, com ar imponente, e familiar. 
Mas para o crédito da Activision, as fases são rápidas e curtas o bastante para não cansar os jogadores. Ao contrário do rival “Battlefield 3”, aqui temos uma campanha single-player que sabe a diferença entre ser apenas nonsense e ser um nonsense tedioso. E ao menos aqui temos algo espetacular. A Activision continua a criar cenários e situações ricamente detalhados a partir de uma engine despretensiosa na maior parte do tempo, que novamente separa “MW3” dos gráficos imensamente ambiciosos de “Battlefield 3”. Seu console não será comprometido, seu PC não será sobrecarregado, e mesmo assim tudo irá quebrar e explodir exatamente no momento designado. Tudo será muito parecido com a guerra e cinematográfico o suficiente. Será ainda mais uma volta na mesma montanha-russa. E dessa vez, para aproveitar tudo ao máximo, você não precisará estar à altura de uma placa que diz “você precisará ser obcecado assim com o multiplayer para dar uma volta nesse brinquedo”.
No Brasil
"Modern Warfare 3" chega ao Brasil nesta quarta-feira, 9/11, a partir das 22h, em algumas lojas Saraiva (Shopping Morumbi) e UZ Games (Shopping Vila Lobos, Iguatemi de Alphaville e Park Shopping de São Caetano) em São Paulo. A partir de amanhã, 10/11, todas as revendas autorizadas já terão o game em suas prateleiras, segundo informações da assessoria da Activision no Brasil. O título tem preços sugeridos entre 120 e 200 reais, de acordo com a plataforma.
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